Mulheres cineastas – Parte 3

Pela ordem cronológica adotada, esta terceira e última parte apresenta cineastas em plena atividade – nascidas a partir de 1960 – algumas com apenas um longa-metragem (mas “aquele” longa!). Nas três partes da série listamos 58 diretoras, com filmes realizados a partir de 1932. Obviamente há uma quantidade muito maior de mulheres cineastas, mas realmente buscamos focar nas brasileiras e também nas estrangeiras que alcançaram alguma repercussão com suas obras. Porém, apesar de muitas pesquisas e do esforço da memória, é bastante possível que alguma importante diretora tenha sido esquecida.

Ainda que a participação feminina na direção seja expressiva atualmente, isso não impede que um festival importante como o de Cannes tenha uma seleção oficial sem ao menos um filme dirigido por uma mulher, fato que gerou protestos em 2012. Segundo a jurada Andrea Arnold, é “uma grande pena, mas reflete um problema global e não um machismo específico do festival”.

Deixando as polêmicas de lado, a constatação é de que estar à frente de grandes produções ainda é para poucas, mas tocar projetos autorais é cada vez mais comum entre as cineastas. Se é óbvio que ocupar espaços e buscar a igualdade é a meta, por outro lado já não chama tanto a atenção (pelo menos no ocidente) o fato de um filme ser dirigido por uma mulher.

A seguir, as mais importantes cineastas nascidas entre 1960 e 1981.

CARLA CAMURATI

Rio de Janeiro, Brasil, 1960

Carla Camurati

A ex-professora de biologia estreou como atriz na tela grande em 1981, no filme “O olho mágico do amor”. Trabalhou em cinema, televisão e teatro e recebeu duas vezes o prêmio de atuação em Gramado antes de dirigir seu primeiro longa, “Carlota Joaquina”, que marcou o início da Retomada do cinema brasileiro. Em 2001, abriu a produtora e distribuidora Copacabana Filmes, responsável pelo lançamento de filmes como os documentários “A pessoa é para o que nasce” e “Janela da alma”. É uma das diretoras do Festival Internacional de Cinema Infantil e presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Principais filmes
Carlota Joaquina – Princesa do Brasil – 1995
La serva Padrona – 1999
Copacabana – 2001
Irma Vap – O retorno – 2006

Principais prêmios
Miami Brazilian Film Festival 2006 – Prêmio do público (Irma Vap – O retorno)

ISABEL COIXET

Sant Adrià de Besòs, Espanha, 1960

Isabel Coixet

Trabalhou como jornalista e diretora publicitária antes de lançar seu primeiro filme, em 1989. Mestre em História pela Universidade de Barcelona, é considerada um dos nomes mais importantes do cinema espanhol contemporâneo. Em 2007, participou da coletânea “Paris, te amo” com o segmento “Bastille” e, em 2009, integrou o júri do Festival de Berlim.

Principais filmes
Minha vida sem mim – 2003
A vida secreta das palavras – 2005
Mapa dos sons de Tóquio – 2009

Principais prêmios
Berlim 2003 – Prêmio da Associação de Cinemas de Arte da Alemanha (Minha vida sem mim)
Veneza 2005 – Prêmio Lina Mangiacapre (A vida secreta das palavras)
Goya 2006 – Melhor Diretora e Roteiro Original (A vida secreta das palavras)
Goya 2012 – Melhor Documentário (Escuchando al juez Garzón)

JOCELYN MOORHOUSE

Melbourne, Austrália, 1960

Jocelyn Moorhouse

Estreou como diretora em 1983, com “Pavane”. É também roteirista e produtora, funções que desempenhou nos filmes “O casamento de Muriel” e “Amor à toda prova”, dirigidos por seu marido, o também australiano P.J. Hogan. Em 2012, fez sua estreia nos palcos como diretora da montagem da peça “Sex with strangers” feita pela Sydney Theatre Company.

Principais filmes
A prova – 1991
Colcha de retalhos – 1995
Terras perdidas – 1997

Principais prêmios
Australian Film Institute 91- Melhor diretora e melhor roteiro (A prova)
Cannes 1991 – Câmera de Ouro – Menção Especial (A prova)
Mostra de São Paulo 1992 – Prêmio da crítica (A prova)

SUSANNE BIER

Copenhagen, Dinamarca, 1960

Susanne Bier

Antes de ser aceita pela Escola Nacional de Cinema da Dinamarca, Bier estudou Arte e Arquitetura na Universidade de Jerusalém. Fez sua estreia no cinema em 1991 e participou do júri do Festival de Berlim de 2013. Seu filme “Brødre”, lançado em 2004, ganhou uma versão americana em 2009, “Entre irmãos”, dirigida por Jim Sheridan, com Natalie Portman, Tobey Maguire e Jake Gyllenhall.

Principais filmes
Aconteceu naquele hotel – 1995
Brødre – 2004
Depois do casamento – 2006
Em um mundo melhor – 2010
Amor é tudo o que você precisa – 2012

Principais prêmios
Sundance 2005 – Prêmio do público (Brødre)
Festival de Roma 2010 – Prêmio do público e prêmio do júri (Em um mundo melhor)
Oscar 2011 – Melhor filme em língua estrangeira (Em um mundo melhor)

ANDREA ARNOLD

Dartford, Inglaterra, 1961

Andrea Arnold

Depois de se aposentar de sua carreira como atriz e apresentadora de televisão, estudou direção na prestigiosa AFI Conservatory em Los Angeles e se formou como roteirista no PAL Labs em Kent, Inglaterra. Com seu terceiro curta, “Wasp”, ganhou o Oscar em 2003. Além dos prêmios recebidos, o longa “Aquário” acabou revelando para o grande público o ator Michael Fassbender.

Principais filmes
Marcas da vida – 2006
Aquário – 2009
O morro dos ventos uivantes – 2001

Principais prêmios
Cannes 2006 – Prêmio do Juri (Marcas da vida)
Cannes 2009 – Prêmio do Juri (Aquário)
BAFTA 2010 – Melhor Filme Britânico (Aquário)

ELIANE CAFFÉ

São Paulo, Brasil, 1961

Eliane Caffé

Graduou-se em Psicologia na PUC de São Paulo e fez pós-graduação em Estética e Teoria das Artes em Madri. Debutou no cinema em 1987 com o curta-metragem “O Nariz”, uma adaptação de texto de Luiz Fernando Veríssimo. Na década de 90, deu prosseguimento à sua carreira de curta-metragista, dirigindo os premiados “Arabesco” e “Caligrama”. Em 98 estreia em filmes de longa-metragem. Além de diretora é roteirista.

Principais filmes
Kenoma – 1998
Narradores de Javé – 2003
O sol do meio dia – 2010

Principais prêmios
Miami Brazilian Film Festival 1999 – Melhor Roteiro (Kenoma)
Festival do Rio 2003 – Melhor Filme e Prêmio do Público (Narradores de Javé)
Recife 2003 – Melhor Filme, Melhor Diretor e Prêmio da Crítica (Narradores de Javé)
Grande Prêmio Cinema Brasil 2005 – Melhor Roteiro (Narradores de Javé)

TATA AMARAL

São Paulo, Brasil, 1961

Tata Amaral

Apesar de começar a carreira na área de produção, se destacou como diretora com o lançamento de seu primeiro longa, o premiado “Um céu de estrelas”. Trabalhou também em vários projetos para a televisão, entre os quais está a minissérie “Antônia”, baseada em seu filme homônimo.

Principais filmes
Um céu de estrelas – 1997
Através da janela – 2000
Antônia – 2006
Hoje – 2011

Principais prêmios
Brasília 96 – Candango de melhor filme (Um céu de estrelas)
Havana 97 – Coral de melhor trabalho de estreia (Um céu de estrelas)
Associação Paulista de Críticos de Arte 98 – Melhor diretora (Um céu de estrelas)
Miami Brazilian Film Festival 2000 – Melhor diretora e melhor roteiro (Através da janela)
Recife 2000 – Passista de melhor filme e melhor roteiro (Através da janela)
Mostra de São Paulo 2006 – Prêmio especial do júri (Antônia)
Brasília 2011 – Candango de melhor filme e Prêmio da crítica (Hoje)

LISA CHOLODENKO

Los Angeles, EUA, 1964

Lisa Cholodenko

Produtora, roteirista e diretora cinematográfica de origem ucraniana, estudou na Columbia University Film School. Começou dirigindo curtas, fez seu primeiro longa em 98 e passou a alternar o cinema com as séries de televisão, incluindo a direção de episódios de “Six Feet Under” e “The L Word”. O premiado roteiro de “Minhas mães e meu pai” foi inspirado no relacionamento com a cantora de rock alternativo Wendy Melvoin, com quem tem um filho, fruto de inseminação artificial com o esperma de um doador.

Principais filmes
High art – 1998
Laurel Canyon – A rua das Tentações – 2002
Minhas mães e meu pai – 2010

Principais prêmios
Berlim 2010 – Teddy (Minhas mães e meu pai)
Independent Spirit Awards 2011 – Melhor Roteiro (Minhas mães e meu pai)

MARIA AUGUSTA RAMOS

Brasília, Brasil, 1964

Maria Augusta Ramos

Cineasta, roteirista e produtora, é formada em Música pela Universidade de Brasília. Mudou-se para Paris, onde concluiu seus cursos de Musicologia e Música eletro-acústica na Radio France e, mais tarde, em Londres, na City University. Em 1990 casou-se com Henkjan Honing e foi morar na Holanda, onde estudou direção e edição na Academia Holandesa de Cinema e Televisão, sendo aluna de Johan van der Keuken.

Principais filmes
Brasília, um dia em fevereiro – 1997
Desi – 2000
Justiça – 2004
Juízo – 2007
Morro dos Prazeres – 2012

Principais prêmios
Festival É Tudo Verdade – Prêmio do Juri (Brasília, um dia em fevereiro)
Amsterdam International Documentary Film Festival 2000 – Prêmio do Público (Desi)
Nyon Visions du Réel 2004 – Grande Prêmio (Justiça)
Leipzig DOK Festival 2007 – Prêmio da Crítica (Juízo)

MARIA DE MEDEIROS

Lisboa, Portugal, 1965

Maria de Medeiros

Nascida em uma família de artistas, cresceu na Áustria, regressando a Portugal após a Revolução dos Cravos, em 1974. Depois de estudar no Lyceé Français Charles Lepierre em Lisboa, se instala em Paris, onde inicia uma licenciatura, nunca terminada, em Filosofia, na Sorbonne, e frequenta a École Nationale Superieure des Arts et Techniques du Théatre e o Conservatoire National d’Art de Paris. Iniciou sua bem sucedida carreira de atriz no teatro; entre filmes para cinema e séries de televisão já tem cem títulos em seu currículo. Como diretora começou com curtas em 87, passando aos longas em 91. Também é cantora, tendo três discos lançados entre 2007 e 2013.

Principais filmes
A morte do príncipe – 1991
Capitães de abril – 2000
Je t’aime… moi non plus: Artistes et critiques – 2004
Repare bem – 2012

Principais prêmios
Mostra de São Paulo 2000 – Prêmio do Juri Internacional (Capitães de abril)

LUCRECIA MARTEL

Salta, Argentina, 1966

Lucrecia Martel

Durante a adolescência gostava de filmar a sua numerosa família, mas nunca pensou que poderia chegar a estudar cinema. Em 1986 mudou-se para Buenos Aires para cursar a faculdade de Ciências da Comunicação. Realizou alguns curtas, fez alguns documentários para a televisão e um programa infantil de humor negro, que recebeu prêmios da crítica argentina. Em 99 recebeu o Sundance/NHK Filmaker Award pelo roteiro de “O pântano”. Já como uma diretora consagrada, especialmente pelos críticos, em 2004 participou do Festival de Cannes com seu segundo longa-metragem.

Principais filmes
O pântano – 2001
Menina santa – 2004
A mulher sem cabeça – 2008

Principais prêmios
Berlim 2001 – Prêmio Alfred Bauer (O pântano)
Havana 2001 – Grand Coral e Melhor Direção (O pântano)
Festival do Rio 2008 – Prêmio da Crítica (A mulher sem cabeça)

ZANA BRISKI

Londres, Inglaterra, 1966
www.zanabriski.com

Zana Briski

Seu interesse em fotografia começou aos dez anos. Depois do mestrado na Universidade de Cambridge, estudou fotografia documental no Centro Internacional de Fotografia, em Nova York. Em 1995, fez sua primeira viagem para a Índia, produzindo uma matéria sobre o infanticídio feminino. Em 1997, retornou à Índia e começou seu projeto sobre as prostitutas do distrito da Luz Vermelha de Calcutá, que levou ao seu trabalho com os filhos dessas mulheres. Sua crença no poder da arte de transformar vidas levou-a a fundar a organização sem fins lucrativos Kids with Cameras, que ensina a arte da fotografia para crianças marginalizadas em comunidades de todo o mundo.

Filme
Nascidos em bordéis – 2004 (co-dirigido com Ross Kauffman)

Principais prêmios
International Documentary Association 2004 – Melhor Documentário
Oscar 2005 – Melhor Documentário

KIMBERLY PEIRCE

Harrisburg, EUA, 1967

Kimberly Peirce

Enquanto frequentava a Universidade de Chicago, mudou-se para o Japão por dois anos para trabalhar como fotógrafa e ensinar Inglês. Em seguida foi para Nova York para estagiar como fotógrafa da revista Time e voltou para a Universidade de Chicago para se formar em Inglês e Literatura Japonesa. Em seguida fez mestrado em Cinema na Universidade de Columbia, quando concluiu seu primeiro filme – “The Last Good Breath” – um curta-metragem experimental. Além de roteirista e cineasta, dirigiu um episódio da série “The L. world”.

Principais filmes
Meninos não choram (1999)
Stop-Loss – A lei da guerra (2008)
Carrie, a estranha (2013)

Principais prêmios
London Film Festival 99 – Prêmio da Crítica e Prêmio Satyajit Ray (Meninos não choram)
Stockholm Film Festival 99 – Prêmio da Crítica, do Público e Melhor Roteiro (Meninos não choram)

JULIE DELPY

Paris, França, 1969

Julie Delpy

Atriz, roteirista, diretora e cantora, é filha de atores. Aos quinze anos atuou em seu primeiro longa – “Détective”, de Jean-Luc Godard – e aos dezesseis estrelou o cult “Mauvais sang”, de Leos Carax. Entre curtas, longas e séries de televisão, já atuou em mais de cinquenta títulos, com destaque para a trilogia de Richard Linklater, da qual é roteirista. Em 95 realizou seu primeiro curta como diretora, mas somente sete anos depois faria o primeiro longa. Como cantora gravou um CD com algumas músicas que fizeram parte da trilha sonora dos filmes de Linklater.

Principais filmes
2 dias em Paris – 2007
A condessa – 2009
2 dias em Nova York – 2012

LAÍS BODANZKY

São Paulo, Brasil, 1969

Laís Bodanzky

Diretora, produtora e roteirista, é filha do cineasta Jorge Bodanzky. Seguiu os passos do pai e ingressou no cinema com o curta-metragem “Cartão vermelho” (1994). Na companhia do diretor e roteirista Luiz Bolognesi, desenvolveu o projeto Cine Mambembe, que realiza exibições itinerantes de filmes brasileiros para públicos que não têm acesso às salas de cinema. Em 1999, a dupla registrou esta experiência no documentário de média-metragem “Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil”. Conquistou reconhecimento já em seu longa-metragem de estreia, “Bicho de sete cabeças”, ganhando diversos prêmios.

Principais filmes
Cine Mambembe, o cinema descobre o Brasil – 1999
Bicho de sete cabeças – 2001
Chega de saudade – 2007
As melhores coisas do mundo – 2010

Principais prêmios
Grande Prêmio Cinema Brasil 2002 – Melhor Diretor (Bicho de sete cabeças)
Brasília 2007 – Prêmio do Público e Melhor Direção (Chega de saudade)
Recife 2010 – Melhor Filme e Melhor Diretor (As melhores coisas do mundo)

LYNNE RAMSAY

Glasgow, Escócia, 1969

Lynne Ramsay

Cineasta, roteirista, diretora de fotografia e produtora, começou realizando curtas, que foram bastante premiados. Seu primeiro longa, “Ratcatcher”, foi eleito pelo The Observer como um dos dez melhores filmes britânicos dos últimos 25 anos, ocupando a oitava posição. Seus filmes são marcados por uma fascinação com as crianças e jovens e por recorrentes e insolúveis temas: dor, culpa, morte e suas consequências.

Principais filmes
Ratcatcher – O Lixo e o sonho- 1999
O romance de Morvern Callar – 2002
Precisamos falar sobre o Kevin – 2011

Principais prêmios
Chicago 99 – Melhor Direção (Ratcatcher – O Lixo e o sonho)
Cannes 2002 – Prêmio da Confederação Internacional de Cinemas de Arte (O romance de Morvern Callar)
San Sebastian 2002 – Prêmio da Crítica (O romance de Morvern Callar)
Londres 2011 – Melhor Filme (Precisamos falar sobre o Kevin)

SOFIA COPPOLA

Nova York, EUA, 1971

Sofia Coppola

Estudou fotografia no Mills College, em Oakland, Califórnia, e pintura no Instituto de Artes da Califórnia (Cal-Arts). Filha do cineasta Francis Ford Coppola e prima do ator Nicolas Cage, chamou a atenção por sua “atuação” em “O poderoso chefão III”, que a afastou da frente das câmeras e, de certa forma, impulsionou sua carreira de produtora, roteirista e cineasta, sendo a primeira diretora americana indicada ao Oscar na categoria.

Principais filmes
As virgens suicidas – 1999
Encontros e desencontros – 2003
Maria Antonieta – 2006
Um lugar qualquer – 2010

Principais prêmios
Mostra de São Paulo 2003 – Prêmio da Crítica (Encontros e desencontros)
Oscar 2004 – Melhor Roteiro Original (Encontros e desencontros)
Globo de Ouro 2004 – Melhor Roteiro Original (Encontros e desencontros)
Cesar 2005 – Melhor Filme Estrangeiro (Encontros e desencontros)
Veneza 2010 – Leão de Ouro (Um lugar qualquer)

JULIE GAVRAS

França, 1972

Julie Gavras

Depois de pós-graduações em Literatura e Direito, Julie Gavras iniciou sua carreira em Cinema. Começou como assistente de direção na Itália e na França, em comerciais e filmes para televisão e cinema. Filha do cineasta Costa-Gavras, de quem foi assistente em “Amen”, realizou em 2002 seu primeiro filme de longa-metragem, um documentário. Além de diretora, é roteirista e atriz.

Filmes
Le corsaire, le magicien, le voleur et les enfants – 2002
A culpa é do Fidel – 2006
Late Bloomers – O amor não tem fim – 2011

HAIFAA AL-MANSOUR

Arábia Saudita, 1974

Haifaa al-Mansour

É filha do poeta Abdul Rahman Mansour, que apresentou o Cinema aos doze filhos através de filmes em vídeo, já que não há cinemas na Arábia. Estudou Literatura Comparativa na Universidade Americana do Cairo. Mais tarde, cursou a escola de Cinema em Sydney, na Austrália.
Começou sua carreira de cineasta com três curtas. O documentário de média-metragem “Mulheres sem sombras”, que fala das vidas ocultas de mulheres do Golfo Pérsico, foi exibido em 17 festivais internacionais. Vive no Bahrein há alguns anos com seu marido, um diplomata americano, e seus dois filhos.

Principais filmes
Mulheres sem sombras – 2005
O sonho de Wadjda – 2012

Principais prêmios
Veneza 2012 – Prêmio da Confederação Internacional de Cinemas de Arte (O sonho de Wadjda)
Fribourg 2013 – Prêmio do Público (O sonho de Wadjda)

NADINE LABAKI

Baabdat, Líbano, 1974

Nadine Labaki

Estudou Mídia na Universidade Saint-Joseph, em Beirute, onde se graduou em 1997. “11 rue Pasteur”, seu projeto de conclusão de curso, foi o melhor curta na Bienal do Cinema Árabe do Instituto do Mundo Árabe de Paris, em 1998. Atriz, roteirista e diretora, além dos dois longas que realizou dirige comerciais e videoclipes para conhecidos artistas do Oriente Médio.

Principais filmes
Caramelo – 2007
E agora onde vamos? – 2011

Principais prêmios
San Sebastian 2007 – Prêmio Sebastiane, Prêmio do Público e do Juri Jovem (Caramelo)
San Sebastian 2011 – Prêmio do Público (E agora onde vamos?)
Toronto 2011 – Prêmio do Público (E agora onde vamos?)

CLAUDIA LLOSA

Lima, Peru, 1976

Claudia Llosa

Diretora, roteirista e produtora, formou-se em Cinema na Universidade de Lima, em 1998. Continuou seus estudos na Universidade de Nova York e no Festival de Sundance. Pelo roteiro de “Madeinusa” ganhou uma bolsa da Fundação Carolina e Casa da América para o curso Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico. Depois de concluir um mestrado em Madrid, realizou “Madeinusa”. Já conclui as filmagens de “Cry/Fly”, produção americana com Jennifer Connelly, Mélanie Laurent e Cillian Murphy.

Principais filmes
Madeinusa – 2006
A teta assustada – 2009
Cry/Fly – 2014

Principais prêmios
Sundance 2006 – Grande Prêmio do Juri (Madeinusa)
Berlim 2009 – Urso de Ouro e Prêmio da Crítica (A teta assustada)
Havana 2009 – Grand Coral (A teta assustada)
Gramado 2009 – Competição Latina – Melhor Filme e Melhor Direção (A teta assustada)

JÚLIA MURAT

Rio de Janeiro, Brasil, 1979

Júlia Murat

Além de diretora, é roteirista e montadora. Filha da cineasta Lúcia Murat, começou estagiando com Ruy Guerra e logo partiu para a realização de curtas-metragens. Bacharel em Desenho Industrial na UFRJ (2003), também se graduou no curso de Formação de Roteirista da Escola de Cinema Darcy Ribeiro (2004). Com o roteiro do seu longa “Histórias que só existem quando lembradas”, em 2006 foi selecionada para o curso Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico da Fundação Carolina e Casa da América, em Madri.

Principais filmes
A velha, o canto, as fotos – 2001
Pendular – 2009
Histórias que só existem quando lembradas – 2011

Principais prêmios
Fribourg 2012 – Prêmio do Juri Ecumênico e outros 3 prêmios (Histórias que só existem quando lembradas)
Sofia 2012 – Grande Prêmio (Histórias que só existem quando lembradas)

SAMIRA MAKHMALBAF

Teerã, Irã, 1980

Samira Makhmalbaf

Abandonou a escola aos quatorze anos para aprender cinema com seu pai, o cineasta Mohsen Makhmalbaf. Com dezessete, depois de ter dirigido dois vídeos, começou a filmar “A maçã” e foi a mais jovem diretora a participar da seleção oficial do Festival de Cannes. Aos vinte foi para Londres estudar Psicologia e Direito na Roehampton University. Proibida de trabalhar no Irã, optou por filmar no Afeganistão, onde teve o set de filmagem atingido por uma bomba. Mesmo com seis feridos graves, não desistiu de filmar até que tivesse terminado o filme.

Principais filmes
A maçã – 1998
O quadro-negro – 2000
Às cinco da tarde – 2003
Cavalo de duas pernas – 2008

Principais prêmios
Cannes 2000 – Prêmio do Juri (O quadro-negro)
Cannes 2003 – Prêmio do Juri (Às cinco da tarde)

MIA HANSEN-LØVE

Paris, França, 1981

Mia Hansen-Løve

Diretora, roteirista e atriz, começou a carreira no cinema em 1998, atuando em um filme de Olivier Assayas. Depois de repetir a experiência em outro filme do cineasta, os dois passaram a viver juntos. Em 2001, começou a estudar no Conservatório Municipal de Arte Dramática de Paris, mas saiu depois de dois anos para escrever para a famosa revista de cinema “Les Cahiers du Cinéma”. Fez seu primeiro filme em 2004, o curta “Après mûre réflexion”, e o primeiro longa em 2007.

Principais filmes
Tout est pardonné – 2007
O pai das minhas filhas – 2009
Adeus, primeiro amor – 2011

Principais prêmios
Cannes 2009 / Mostra “Um certo olhar” – Prêmio Especial do Juri (O pai das minhas filhas)

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